“Houve um tempo em que as corridas de bicicletas eram apenas longas e duras provas solitárias sem carros e equipes de apoio. Eles eram homens ousados e desesperados que comiam o que encontravam na estrada, dormiam onde era possível e podiam rodar o dia inteiro. Eles não eram atletas profissionais ou homens de muitas posses, eles eram aventureiros, vagabundos e mavericks que pegavam uma bicicleta e saiam atrás de sua sorte.

Os fundadores do Tour de France queriam criar uma corrida de milhares de quilômetros de ciclismo, não importando as condições climáticas e das estradas onde “até mesmo o melhor irá levar uma surra“. Frequentemente eles iriam correr durante a noite distâncias superiores a 400 km por dia em etapas que levavam mais de 18 horas. Henri Desgrange, o pai do Tour, uma vez disse que “o Tour ideal seria o Tour em que apenas um ciclista sobreviveria a provação“.

Em algum lugar no meio do caminho, devido a uma variedade de influencias, os grandes Tours mudaram e se tornaram o que são atualmente: uma corrida de elite, separadas do ciclista comum por questões orçamentárias, sanções e pela grande indústria. Não nos leve a mal, os grandes Tours de hoje são magníficos e excitantes. No entanto, nós também gostamos do velho jeito em que um ciclistas apenas pegava sua bicicleta, cumprimentava na linha de largada e corrida milhares de quilômetros pela mais pura satisfação do esporte e sem outro motivo a não ser aprender sobre ele mesmo.

Ao final, isso será uma bela e dura corrida de bicicleta, simples no desenho mas complexa na execução. Fatores como auto-suficiência, logística, navegação e julgamentos irão consumir as mentes dos ciclsitas bem como seus físicos. O mais forte vai se sobressair e redefinir o que imaginamos ser possível, ainda que os mais experientes possam ser apenas corajosos em almejar uma conclusão satisfatória.

Não será por acaso se o mais bem preparado seja o mais bem sucedido. Nós dissemos que a Transcontinental 3 iria aumentar as apostas e isto ocorreu. Agora a TCR4 é um animal novo com quatro novos controles, uma nova chegada, mais curta mas com muito mais subidas e quem sabe o que poderá acontecer”

 

Uma etapa – O relógio nunca para. Os ciclistas escolhem onde, quando e se vão parar para descansar.

Sem suporte – Os ciclistas só podem usar o que eles carregam consigo, ou o que podem encontrar nas lojas durante o percurso.

Sem rota – Apenas controles obrigatórios asseguram que os ciclistas visitem alguns dos pontos mais famosos da Europa e conectam eles ao sofrimento dos seus antepassados. O resto é com eles.

Rastreamento ao vivo – Ao contrário das corridas do século passado, através da tecnologia moderna de monitoramento de satélite podemos checar o progresso dos ciclistas e saber onde eles estão.

A prova ganhou popularidade desde sua primeira edição em 2013. Ao mesmo tempo, o nível de dificuldade aumentou e diminiu a quantidade de pessoas que chegam para a Festa dos Finalistas.

Olhando com mais detalhes sobre os resultados, é possível tirar as seguintes informações:

  • Mikko Mäkipää é o único que terminou todas as edição (e também o único que iniciou)
  • 11 finalizaram 2 edições: Josh Ibbett, Kristof Allegaert, Richard Dunnett, Rob Goldie, Ishmael Burdeau, Samuel Becuwe, Gareth Baines, Lee Pearce, Matthijs Ligt, Jonathan Elliot, and Chris Bennett
  • Outros 19 também largaram duas edições, mas só finalizaram uma (incluindo duas mulheres)
  • 226 pessoas largaram em apenas uma edição (sendo 10 mulheres)
  • 31 de 110 ciclistas (28%), que largaram na edição de 2013 ou 2014 como novatos, retornaram como veterados em 2014 ou 2015
  • Dos 257 novatos que largaram entre 2013 e 2015, somente 60% (155) finalizaram
  • Das 31 pessoas que largaram como veteranos, 17 (55%) terminaram (e 1 pessoa que largou na categoria Duplas finalizou a prova)
  • Um veterano da TCR não o faz mais capaz de finalizar a prova. Entretanto, veteranos certamente melhoram sua posição em relação ao ano como novato.
  • Mesmo com o grande número de participantes oriundos da Reino Unido, eles não representam nem a metade dos participantes. No total, pelo menos 30 nacionalidades foram representadas (baseada na nacionalidade, e não no país de residência)

Lista de países representados:

  • Reino Unido – 109
  • Alenha – 24
  • Itália – 19
  • França – 16
  • Bélgica – 14
  • EUA – 8
  • Austria – 7
  • Holanda – 7
  • Suíça – 7
  • Grécia – 6
  • República Tchéca – 3
  • Nova Zelândia – 3
  • África do Sul – 3
  • Suécia – 3
  • Australia – 2
  • Canada – 2
  • Croatia – 2
  • Ireland – 2
  • Lithuania – 2
  • Romania – 2
  • Russia – 2
  • Slovenia – 2
  • Argentina – 1
  • Denmark – 1
  • Finland – 1
  • Macedonia – 1
  • Malaysia – 1
  • Malta – 1
  • Spain – 1
  • Turkey – 1
  • Unknown – 4