Mais uma vez eu e a Patricia resolvemos aproveitar o feriado de três dias para conhecer um novo lugar, de bicicleta. Sempre tive vontade de conhecer a região sul do estado, principalmente a longa praia de Ilha Comprida. Já tinha visto muitas fotografias de grandes grupos pedalando em areia firme à perder de vista.

Montei um roteiro onde estacionaríamos o carro em Miracatu, uma cidade que fica na Rod. Régis Bittencourt – BR116, a 130 km de SP. Iríamos pedalando até Ilha Comprida (75 km), passaríamos a primeira noite lá. Depois daríamos a volta na Ilha num pedal bem longo (140 km). E, por fim, retornaríamos para o carro (outros 75 km). A rota é muito plana! Com isso daria para render boa velocidade e fazer boas distâncias num período mais curto.

Dia 1: Miracatu -> Ilha Comprida

Basicamente uma rota de deslocamento, só com uma subida, logo no início do pedal. Tem algumas lanchonetes e várias barracas vendendo produtos locais. Fizemos bem rápido, foram 3:17 pedalando, e 4:30 com as paradas. Ficamos hospedados no Hotel Cardoso de Ilha Comprida, basicamente um apartamento completo (com cozinha e todos os utensílios), bom para famílias e para quem queira cozinhar, não tinha café da manhã, só tem um supermercado do lado. Reservamos via Booking.com. A Pati aproveitou para a ir à praia, tomar banho de mar.

Dia 2: Ilha Comprida –> Cananéia –> Iguape –> Ilha Comprida

Era o dia mais esperado, pedalar pela longa faixa de areia. Eu montei a rota baseada no Strava Heatmap (caminhos mais utilizados pelos usuários do Strava). Muita gente comentou da maré, para ter atenção, então saímos cedo e colocamos um bom ritmo de pedal (entre 22 a 25 km/h), com um leve vento contra. Encontramos vários grupos de ciclistas vindo no sentido contrário, nenhum no mesmo sentido. Depois descobrimos o motivo, é o Circuito Lagamar, uma Rota Cicloturística criada pela Prefeitura de Ilha Comprida (ficará para uma outra vez). Falando de pedalar na areia, aquilo era muito firme, liso e basicamente sem resistência, melhor que asfalto novo. Muito bacana! Depois de 50 km de praia, fomos até a balsa e chegamos em Cananéia. Paramos para comer na Doceria Annalu, recomendamos! E a chuva nos acompanhou o dia todo, entre estiar e chover. Saímos debaixo de chuva de Cananéia, sentido Pariquera-Açu, num asfalto perfeito até o entroncamento com a SP-226. A SP-226 é horrível, o acostamento cheio de pedras estava melhor que a rodovia esburacada. Seguimos nessa rodovia por 7 km até entrar na estrada de terra que nos ligaria até a SP-222, trecho de 15 km de terra muito bonita e cheia de sobes e desces. Pegamos uma chuva torrencial nessa estrada. Entramos na SP-222 e a rodovia tinha asfalto novo e perfeito, só que é preciso atenção com os carros ultrapassando, principalmente os ônibus (esses não respeitam os ciclistas). Chegamos em Iguape ainda com chuva…

Dia 3: Ilha Comprida -> Miracatu

Amanheceu chovendo, então nem fomos para a praia e ajeitamos as coisas para voltar até Miracatu. Já sabíamos como seria o trajeto e logo de cara pegamos um congestionamento na ponte entre Ilha Comprida e Iguape. Por causa da chuva, todos resolveram ir mais cedo! Pegamos estrada cheia, sem acostamento e com vários trechos com asfalto ruim. Logo no começo o pneu da Pati furou, já tinha dado problema no dia anterior e tinha conseguido resolver sem colocar câmara de ar (a roda é tubeless), só que voltou a dar problema e preferi colocar câmara. Depois de 50 km pedalados, paramos numa lanchonete, comemos uma coxinha e “banana chips”. Terminamos a subida (tinha uns 5 km com uns 5 a 7%). A descida foi bem rápida e logo chegamos na BR-116 e chegamos bem rápido em Miracatu.

Foi mais uma excelente cicloviagem, conhecendo logos lugares e curtindo pedais longos.