Algumas semanas atrás eu publiquei o meu relato “atrasado” da minha participação da edição 2017. Foi bem duro!
Obviamente, eu fiz uma “pequena” alteração de rota para aproximar a distância para 200 km, e adicionar mais um pouco de altimetria (4250m). Ano passado eu cheguei com 13:15, teve muito barro e não estava tão bem preparado. Esse ano prometia barro e eu estava melhor preparado, e esse vento … Já estava conformado em ter que empurrar em várias subidas de terra. A estratégia era: não perdeu tempo e aproveitar o asfalto para andar mais rápido (estava distribuído em 130 km de asfalto e 70 km de terra, aproximadamente).
Esse brevet já é um dos “clássicos” do Randonneurs Mogi das Cruzes, sendo considerado o mais dificil do calendário do RMC, e por sempre ter poucos concluintes dentro do tempo máximo de 13:30.
Outra característica peculiar é a participação dos organizadores no brevet, com isso todo mundo sofre junto. Fiz o briefing rápido e larguei (relembrando o Briefing Virtual). Larguei rápido e mantivesse assim em todo o trecho inicial de asfalto. Logo no começo o Willian Previtalli me alcançou e pedalamos a prova inteira juntos. É raro eu conseguir andar o tempo todo com alguém, difícil ter o mesmo ritmo e também respeitar os tempos de parada e cansaço de cada um.
A primeira sessão de terra estava molhada, só que o barro não grudava. Judiou das bikes, mas não atrasou o ritmo (só tornou as descidas emocionantes).
Passado o segundo PC, de Catuçaba, a estrada estava completamente seca. Quando chegamos no Morro do Chapéu, tivemos um alívio por não ter barro! Zero barro em todo o restante do percurso!!!!! Isso economizou tempo e as pernas. Deu para pedalar todo o percurso (menos a Muralha de Jericó, o pneu 35 min não teve tração, ela é muito inclinada, mais de 20% e de bloquete).
O visual da prova e os lugares peculiares que a rota cruza, tornam ainda mais interessante pedalar por essa região. Ela é uma região muito antiga, com fazendas centenárias, é como voltar ao passado colonial!
Nas subidas eu alcançava o William, nas descidas ele ia embora (ele estava de MTB). Realmente o pneu 35 mm não ajudou nas descidas. Só que no asfalto, eu consegui render mais, com menos arrasto.
Passamos a revesar em alguns momentos e conseguimos terminar em impressionantes 10:25. E eu, como organizador, ainda mais feliz por ter 12 brevetados no final.
O dia estava com temperatura entre 11 e 15 graus, isso ajudou também a reduzir o desgaste. E com garoa fina em poucos momentos.
Usar a Corratec AllRoad me ajudou a andar mais rápido no asfalto, e na parte plana e subidas de terra. Foi um bom teste de configuração para o IncaDivide, principalmente para avaliar o tamanho e desenho dos pneus, além da relação de marchas. Eu usei 46-30 com 11-34, proporção muito acertada!
Como eu gosto desse tipo de trajeto, misturando asfalto e terra (“gravel”)!!!!!
Confira o roteiro no Strava:
agosto 8, 2018 at 07:27
Rapaz! Que bom que você voltou a publicar! Não passava aqui desde dezembro passado. Pensei até que tinha abandonado o projeto! Estou fazendo a série audax esse ano e suas dicas da Transcontinental me auxiliaram muito! Espero ver mais posts seus!
agosto 8, 2018 at 07:36
Olá @Eduardo! Estou me organizando para publicar mais… Pegar o jeito de novo. Obrigado mesmo pelo incentivo!!!! Estou preparando o relato do GP Ravelli e do Desafio Rural Extremo. Obviamente também publicarei sobre o IncaDivde (esse vai mais tempo).