Conhecendo o Armazém do Limoeiro em Itu-SP

A algum tempo eu leio comentários sobre a Trilha do Armazém do Limoeiro relatada pelo Papatrilhas. A Ana Paula, minha esposa, está começando a pedalar, andamos algumas vezes pela Ciclofaixa em São Paulo, pelo Parque Villa Lobos e Parque do Ibirapuera. Enfim, chegou o momento do seu batismo de terra, sua primeira trilha.

Eu e a Ana Paula

Lendo relatos e consultando bikers pela internet, os comentários eram de uma trilha relativamente leve… Eu acreditei… Santa inocência… Eu que já estou pedalando 27km não seria demais. Enfim, a Ana Paula convidou outras amigas para o batismo também.

O começo das Odonto Bikers

Gêmeas?

Acordamos cedo, bicicletas no carro, e rodovia até Itu e ao tal Armazém do Limoeiro. Pegamos a Rodovia dos Bandeirantes, depois o começo da Marechal Rondon sentido Itu. Na entrada para Cabreúva, seguimos rumo ao Armazém. Bem rápido e tranquilo. Estava um dia muito bonito e que prometia sol de rachar.

O lugar de cara me agradou, um lugar antigo, construído em 1901 e que guarda as tradições caipiras, onde violeiros vão às manhãs de domingos cantar modas e tocar suas violas. Eu que nasci e cresci no interior de Minas Gerais, vivi essa vida rural, até arrepiei quando começaram a cantar. É um programa à parte, vale muito a pena passar um domingo por lá. No local há um hotel fazenda com excelente infra-estrutura, além de servir almoço em forno à lenha, na velha moda sertaneja (http://www.armazemdolimoeiro.com.br/).

Tudo pronto, bicicletas e ciclistas paramentados seguimos o pedal. Logo no começo tivemos que ajustar a bicicleta da Micheli, nada demais e seguimos.

As meninas, iniciando a prática do MTB, já começaram a sentir o sobe e desce, e com isso o bom e velho desce e empurra. E todos adorando o visual. Poucos quilômetros adiante chegamos num hotel/fazenda chamado Fazenda Capuava, onde defronte havia uma barraca com frutas e água gelada, um bom chamativo para parar e descansar.

Adiante pegamos uma boa descida que ao final encontramos um grande grupo de ciclistas, onde as mulheres foram convidadas à participar da Pedalada das Meninas, só que isso será história para outro post.

Subida vai, subida vem, calor nas costas, empurra aqui e também ali. Eu empurro a Ana, e assim fomos aproveitando o passeio e se esgotando. Até que, por volta do km 19 da trilha, a Ana Paula, Polly e Micheli, arriaram, e com razão! Eu tinha menosprezado a trilha, ela não era “light” como muitos me falaram, era complicada para iniciantes, e com o calor e sol forte se tornou ainda mais desgastante.

Dando uma mãozinha...

Nesse ímpeto de ajudá-las me propus a buscar o carro para levá-las de volta ao ponto final da trilha, o armazém. E mandei ver, pedalei forte, como se estivesse em uma das competições que participo… Depois de rodar 7 km, lembrei que a chave do carro estava na mochila da Ana Paula, e não na minha… A frustração foi imensa, não por mim, mas sim pela preocupação com o cansaço das meninas. Retornei ainda mais rápido que pude e fui até elas. Nesse meio eu encontrei outros companheiros que trilha que continuaram, um deles possui uma picape e se prontificou a buscá-las. Só que continuei o meu retorno para pegar a chave e ver se elas estavam bem.

Para minha tranquilidade todas estavam muito bem, numa sombra, fazendo festa com a situação e tirando muitas fotos. Acalmei-me e disse para elas esperarem o “resgate”. E como eu estava ali para pedalar, voltei e segui até o armazém.

As "desamparadas"

Chegando ao armazém, conversamos com o proprietário e conseguimos uma nova leva de um almoço providencial. Um almoço caseiro, com todos cansados e famintos, não poderia ter coisa melhor naquele momento.

Apesar das adversidades foi um pedal e tanto, e o melhor de tudo foi que as meninas não desanimaram e nos próximos posts falarei mais sobre os seus progressos.

Trajeto

http://vinicius.mobi/wp-content/rotas/2010.02.07.Itu.Armazem.do.Limoeiro.gpx

Fotos

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