Dia 8/11/2009 aconteceu a etapa inaugural da Pedal Cup 2009, em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo.
A prova foi dividida em três distâncias: Pedal Giro com 34km, Pedal Premium com 57km e por fim Pedal Tour com 81km. Eu me inscrevi na de 81km, por gostar de longas distâncias.
Dormi bem, acordei cedo, fui de São Paulo para Pindamonhangaba, num trajeto de mais de 150km. Um dia legal, tudo muito bem organizado e tranquilo.
Meia hora antes da largada passei pela vistoria e alinhei para a largada. Para a minha surpresa, os inscritos para 81 km largaria na frente, e deu eu lá em todas as fotos da largada. É muita pretensão!
A largada foi guiada da cidade até o trecho de terra, largada em movimento. Foi muito legal largar com a galera, ficar na cola dos motociclistas que controlavam a velocidade, muita adrenalina. Como era uma prova longa e dura, não apertei na largada, achei melhor controlar, por 81km não é fácil.
Aos poucos foram dispersando os atletas e vi que ficaram para trás os meus companheiros de longa distância, logo depois da divisão de trajetos começou uma subida bem forte, onde eu conheci colega de categoria, e me disse que tinha só 5 inscritos na sub30. Já tinha pódio garantido! Era só terminar.
Logo depois da subida, veio a descida, na mesma proporção, muito rápida. Não desci nem um quilômetro e caí um baita tombo! Ralei muito! Tive câimbra. Levantei e procurei entender o que aconteceu, foi tudo muito rápido, estava a uns 45km/h.
Aos poucos fui recuperando da tensão da queda e da câimbra. Levantei a bike, as avarias foram poucas e entendi o que aconteceu. Um buraco coberto de cascalho, a roda dianteira escorregou, e uma associação de regulagem de suspensão mole e pneu inadequado para o terreno, deu nessa queda. Aprendi a lição! Equipamento adequado é garantia de segurança, acima do desempenho. E equipamento de segurança é primordial, obrigatório!!!! As luvas me salvaram os ralados das mãos, e o capacete salvou o meu rosto.
No calor da prova eu resolvi seguir devagar. Perto do km 50 eu tive a minha segunda câimbra, e a ardência dos machucados me fizeram desistir e pegar uma carona com a equipe de apoio.
Assim que cheguei na área da Largada/Chegada da prova, o pessoal do atendimento médico já estava me esperando. Fui muito bem atendido, fizeram os primeiros curativos e confirmaram nenhuma fratura ou lesão mais grave.
Logo depois da prova fui para Mairiporã, no aniversário de uma prima minha. Na hora do banho o sofrimento foi muito maior do que a dor na queda. Arde muito! De chorar!
A noite fui no hospital para verificar a questão relativa a vacinas, estava preocupado com a data da vacina anti-tétano, faz muito tempo que tomei.
No Pronto Socorro do Hospital São Luiz em São Paulo, logo que eu me apresentei para a atendente da triagem, relatei o ocorrido e mostrei os meus machucados, ela me encaminhou imediatamente para a emergência, com atendimento prioritário. Bom, não tive que pegar fila!
Logo em seguida já chegou um ortopedista, que solicitou várias radiografias e até sugeriu uma ressonância no cotovelo. Aquilo me preocupou, eu não estava sentindo nada internamente. Depois veio o clinico geral, avaliou os ralados, e viu que, aparentemente, não tinha tido nada mais grave, mas falou para eu seguir com as radiografias para ter garantia que estava tudo em ordem.
O clinico geral receitou os remédios (óleo cicatrizante, anti-inflamatório e antibiótico), nada demais. O enfermeiro fez novos curativos, me enrolando inteiro. E, seguindo o procedimento hospitalar, fui de cadeira de rodas para o centro radiológico. Muito engraçado! Veja a foto, olhe a minha cara de coitado:
No final tudo deu certo, manquei por três semanas, quase chorei a cada curativo, mas não desisto da bike por nada!!!!! Quedas fazem parte do esporte, é importante estar preparado para elas, com os equipamentos de segurança, e com atendimento médico sempre próximo, faz muita diferença.
Parabéns organização! Excelente infra-estrutura e apoio, sempre tinha alguém da prova a disposição! No ano que vem estarei lá, em todas as etapas!
Confira o vídeo final:
janeiro 15, 2010 at 07:42
Olá Renato, tudo bem?
Na mesma semana eu já estava pedalando novamente, mesmo que em bike de spinning… eheheh… O Desafio Serra de Campos estava perto e eu não queria perder o ritmo.
E parabéns pelo seu blog, eu acompanho sempre.
Abraço,
Vinicius
janeiro 14, 2010 at 08:21
Vinicius, é o que sempre digo: cair é um fato estatístico, não tem jeito. Agora é verdade, após o tombo, a pior coisa que existe é entrar em baixo do chuveiro.
Espero que já esteja bem e pedalando.
Um abraço,
Pedaleiro