No último sábado, dia 15/08/2009, eu fiz um Bike Fit nas minhas duas bikes. Eu estava bem satisfeito com as regulagens da minha MTB, mas a Speed não estava legal. Andei um pouco para sentir melhor as bicicletas, conhecer a posição e decidi fazer o Bike Fit.

A algum tempo estava acompanhando o trabalho do Igor Laguens, um profissional que se especializou nessa área e que vem aplicando esse trabalho em vários atletas, tanto profissionais como amadores (que é o meu caso!).

O meu amigo Fernando da Biketoor é um dos que acreditam nesse trabalho e reservou um espaço muito bacana em sua loja para o Igor.

Antes de relatar a minha experiência é importante entender melhor o assunto. Assim, replico o texto que o próprio Igor escreveu e foi publicado em seu blog e no site da Ativo.com.

O que é o Bike Fit?


Se fossemos traduzir para o português seria algo como: “O encaixe do ciclista na bike”, a adaptação do ciclista e o ajuste da bike, portanto, às vezes é trocar ou ajustar a posição de componentes como mesa, pedivela, clip ou o que for necessário para que o ciclista esteja na melhor posição para pedalar.

O que é a melhor posição para pedalar?
Dentre inúmeras definições, as quais vieram ao longo desses anos de existência do ciclismo sendo criadas por Eddy Merckx, Bernard Hinault, Arnie Baker, Mark Hodges, John Howard, Greg LeMond, Andy Pruitt, Cristopher Kautz dentre outros, hoje podem ser resumidas em “Ajuste da bicicleta a fim de deixar o ciclista confortável e seguro, produzindo cada vez mais velocidade sem gastar energia desnecessária, evitando lesões e tornando o pedal agradável”.

Claro que podemos dividir as situações, como para um ciclista recreacional, que visa ter uma bicicleta confortável e ter uma trilha, ou um pedal de estrada duradouro e prazeroso. Assim como podemos pensar em um atleta de elite, que pode preferir ter um pouco do seu conforto prejudicado para adquirir uma posição mais aerodinâmica e que produza mais potência. Neste caso ele visa velocidade, mas também não pode deixar o conforto completamente de lado, pois a posição desagradável pode deixá-lo com dores e sua velocidade diminuirá em conseqüência do desconforto.

Para quem e quando fazer?
Indicado a qualquer ciclista, seja mountain biker de provas de aventura, maratonas ou single-tracks; triatletas, ciclistas de estrada ou recreacionais. Atletas amadores ou profissionais e, no caso de iniciantes, o ideal é que haja uma orientação prévia no intuito da compra correta.

Deve-se fazer um bike fit sempre que estiver pedalando, seja para sanar a causa de uma dor ou à procura do posicionamento perfeito, lembrando que o nosso corpo passa por mudanças constantes, como lesões, mudanças de objetivo com provas diferentes (curta ou longa distância) ganho de flexibilidade, enfim, em média a cada 6 meses deve-se pensar nos objetivos que há pela frente, fazer uma avaliação física e traçar novas metas, pois muitas vezes pode-se deixar a bicicleta numa posição mais agressiva, mantendo conforto e você não sabe.

Métodos e materiais de avaliação e ferramentas como goniômetro, prumo, trena e outros materiais que se parecem mais com os de um engenheiro. E hoje o ciclismo pode contar com o apoio da ciência para avaliação, com o uso de softwares, simuladores quase que reais e análise biomecânica com gráfico instantâneo de cada parte do ciclo da pedalada.

Como funciona um bike fit de verdade!
-Resumo das etapas:

1- Após um prévio agendamento, o ciclista passa por uma anamnese, nada mais que um diálogo, buscando detalhes e informações sobre histórico de lesões, dores freqüentes, tipo de pedalada. Quais objetivos existem em relação à bike, postura de trabalho para saber suas possíveis influências na postura, testes de flexibilidade, avaliação do arco do pé entre outras perguntas.

2- Após a medição da bike e antes das alterações, o ciclista inicia uma pedalada sobre um simulador para que dê inicio a avaliação.

3- Alguns fazem vídeo do “antes” e seguem para a parte prática, que vai desde o ajuste dos taquinhos da sapatilha até todas as modificações necessárias, como altura do canote, ajuste de selim, mesa, guidão etc.

4- Então faz-se o vídeo do depois, com a finalização para que se possa avaliar e comparar as posições. Normalmente há um retorno em 30 dias.

Fatores como pedivela e guidão, alinhamento dos manetes, bar end e, principalmente, ajuste dos taquinhos são comumente achados em tamanhos e posições fora do padrão ideal para determinado ciclista, por isso vale a pena uma avaliação feita por profissional, que dura em torno de 2h.

Por que fazer?
Muitas vezes ouvimos que alguém fará um bike fit porque esta sentindo dores, e é exatamente isso que tem que mudar, pois assim como na hidratação em que existe aquele ditado: “antes de sentir sede tem que beber água”, na bike é igual, pois, muitas vezes, já estamos pedalando com a postura inadequada o com material incorreto, e no futuro sentimos dores e nos machucamos. E o fator que considero o mais importante é o conforto, pois onde há conforto há performance, logo se estamos nos sentindo bem em cima da bike, por lá ficaremos horas e horas!

Não se deixe enganar
Para que você tenha certeza de que está fazendo um bike fit com um profissional de qualidade, procure saber mais sobre ele, pesquise e converse com seu treinador ou o pessoal onde você leva a sua bicicleta para manutenção. A diferença está na tecnologia, no procedimento e know-how que cada um possui. Pois cada um tem o seu ponto de partida e de finalização, às vezes um é mais conservador que outro. Cada um tem sua técnica e sua seqüência de avaliação, seguido de uma filosofia individual.

Alta Tecnologia

O Igor, preocupado com a qualidade e principalmente a garantia de um bom trabalho leva uma “parafernália” para a avaliação. São duas câmeras de vídeo, um monitor, um notebook, além de várias ferramentas e medidores. Tudo de primeira!

Eu, em cima da bike, via exatamente o que estava de errado na minha posição, e após o ajuste, conferia na hora a mudança e a melhora.

Fantástico!

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Resultados

O texto é muito claro, e os resultados são sentidos na hora. É óbvio que não são 100%, há um período de adaptação com a nova posição na bike, e é importante seguir as recomendações na correção da postura, alinhamento dos joelhos e também do reforço muscular na região lombar e abdominal.

No meu caso foi visto um desvio na forma de pedalar na minha perna esquerda, algo que vinha notando a algum tempo, e depois da correção do taquinho na sapatilha isso está se resolvendo. Outro ponto interessante é a “mania” de muitos deixarem o seu banco alto, e eu não fugi desse grupo, após abaixar o banco senti que transfiro mais força em cada pedalada.

Na MTB foi bem simples, só ajustar a altura do selim e também a sua posição. Já na Speed a história foi diferente, a mesa é um pouco longa, e vai ser necessário a sua troca (de uma de 110mm para uma de 100mm).

Na Mountain Bike

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Na Speed

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Vídeos

Biketoor Bike Fit 3D

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Fotos

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Está interessado?

Se te interessou fazer o Bike Fit entre em contato com o Igor Laguens pelo telefone (11)8461-2400 ou pelo e-mail igorlaguens (arroba) hotmail.com ou então com o Fernando da Biketoor pelo e-mail fernando (arroba) biketoor.com.br.